A notícia de que os processos de adopção passarão a implicar alguns custos para os casais que estão a adoptar não me choca nada.
Não só aceito, como tenho por fundamental, o princípio de que todo o serviço prestado deve implicar um preço a suportar. Não vejo razão para ser diferente com um processo de adopção.
Outra questão é saber se o preço é livremente fixado, num equilíbrio entre procura e oferta. Certamente não será o caso, mas essa é outra discussão.
Nesta notícia o que me choca é saber que é o mesmo governo que liberalizou o aborto e que o tornou gratuito que, agora, vem onerar os processos de adopção.
Portanto, a ver se entendemos a mensagem que os nossos governantes querem passar: Engravidas sem querer, no problem, é só ir ao Hospital, tirar senha e resolver o problema. Queres engravidar e não consegues, azar, azar do caraças, azar que te vai custar uns bons cobres!
Cá connosco é assim: quem por amor a uma criança que não pode ter quer adoptar não tem Estado que lhe preste assistência (não só faz questão de que o processo seja o mais demorado possível, como agora ainda cobra uns euritos), no entanto, quem por irresponsabilidade e devaneio se vir prenha de uma criança que não quer ter pode contar com o Estado mais perdulário e previdente.
Faz-me espécie ter de aturar isto....
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