30 May 2008

24 May 2008

Menos imposto não é subsídio!

Aproveitando o título do post anterior não posso deixar passar uma outra confusão que me causou considerável urticária.

Falo de uma intervenção do Dr. António Costa no último "Quadratura do Círculo". Discutia-se a preço dos combustíveis. Discutia-se a possibilidade de o Governo decidir por uma redução do ISP, fazendo aliviar a subida dos preços da gasolina e do gasóleo. António Costa mostrou-se contra. Ok, tudo bem, mas fantástico é o argumento. Para ele reduzir o ISP é subsidiar, disse bem, a palavra foi mesmo essa, subsidiar, o consumo dos combustíveis.

Eu até percebo qual é a ideia dele, é claro que decidir no sentido da redução do preço de qualquer bem é dar um sinal ao mercado para o aumento do seu consumo. Mas a minha urticária é inevitável. Reduzir impostos não é subsidiar nada nem ninguém! Repito: Reduzir impostos não é subsidiar. O dinheiro é nosso, os impostos são uma cobrança coerciva, reduzir essa cobrança não é subsidiar-nos.

Mais, a associação deve ser feita precisamente ao contrário: aumentar os impostos é que conduzirá a aumento dos subsídios, que naturalmente são financiados por eles. 

Portanto, e só para aliviar um pouco a minha urticária, reduzir imposto é "aliviar carga fiscal sobre o contribuinte, aumentanto a parte do seu rendimento que fica disponível para seu uso privado", aumentar os impostos é "aumentar a cobrança coerciva, aumentando os recursos de que os Estado dispõe, nomeadamente para conceder subsídios".

Nota final para dizer que nenhum dos outros oradores interveio contestando o dito pelo Dr. António Costa.

Confusão

Vi recentemente atribuída a Isabel Allende a seguinte frase: "Não quero uma vida feliz. Quero uma vida interessante."

Que raio, digo eu! Estou confuso. E eu a pensar que ter uma vida interessante servia, antes de mais, o propósito de uma vida feliz. Afinal não, uma vida feliz parece ser apresentada em oposição a uma vida interessante. 

Esta ideia deve ser o corolário da aparentemente óbvia, mas claramente falaciosa, associação da felicidade  com o lazer, e da sabedoria com o esforço e com o sacrifício.

Pela minha parte acho-a uma ideia peregrina! Quero, de facto, ser uma pessoa interessante, quero conhecer, quero saber, quero ser muito eu. Mas isso só como um meio para me sentir realizado, para me sentir feliz (seja lá isso o que for), se não resultar não valerá de muito, mas acredito que esse é o caminho. Outros terão o seu.

21 May 2008

9 May 2008