Vi recentemente atribuída a Isabel Allende a seguinte frase: "Não quero uma vida feliz. Quero uma vida interessante."
Que raio, digo eu! Estou confuso. E eu a pensar que ter uma vida interessante servia, antes de mais, o propósito de uma vida feliz. Afinal não, uma vida feliz parece ser apresentada em oposição a uma vida interessante.
Esta ideia deve ser o corolário da aparentemente óbvia, mas claramente falaciosa, associação da felicidade com o lazer, e da sabedoria com o esforço e com o sacrifício.
Pela minha parte acho-a uma ideia peregrina! Quero, de facto, ser uma pessoa interessante, quero conhecer, quero saber, quero ser muito eu. Mas isso só como um meio para me sentir realizado, para me sentir feliz (seja lá isso o que for), se não resultar não valerá de muito, mas acredito que esse é o caminho. Outros terão o seu.
1 comment:
Meu caro, dou-te a minha opinião... Pode ser que encontres alguma simpatia na ideia, pode ser que te ajude (nem que seja apenas num passo) no caminho da existência. (tambem pode ser indiferente, mas ainda assim ficas com mais uma perspectiva)
Não existe ser feliz. A felicidade não é mais do que um estado. O segredo está em maximizar o nº de momentos felizes.
Ainda assim, só saberemos avaliar a felicidade, no final do caminho, feitas as contas, se concluirmos que tivemos mais momentos felizes do que não felizes.
Querer uma vida interessante em deterimento de uma vida feliz, traduz simplesmente uma atitude de permanente procura de mais momentos felizes. Não vejo confusão nenhuma, estás no caminho certo.
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