28 Mar 2008

Rica Droga

O post anterior divulga, o post actual leva a efeito!

A discussão sobre a legalização da droga não tem sido tema de actualidade. Quando o assunto é abordado a hipótese é apenas "testada" para as drogas leves. Serei ainda do tempo de um referendo, amedrontado, sobre a matéria. Possíveis questões são razoáveis anedotas!!

O argumento mais forte a favor da legalização reside, por incrível que possa parecer, na defesa do indivíduo, ou seja, da sua unicidade, do seu livre arbítrio. Parece de facto bizarro que qualquer indivíduo possa "intoxicar-se" com as leituras que quiser, com as crenças que quiser, com as músicas que quiser, mas de todo não o possa fazer com uma substância, pelo simples facto que esta lhe corre nas veias e aquelas "apenas" lhe toldam o espírito.

Mais que isso, e como segundo ponto, ao impor a proibição, o Estado não só está a ingerir-se na esfera das opções (que deviam ser) pessoais, como ainda impõe a todos os concidadãos o encargo social de viverem com os problemas de violência, crime, corrupção e delinquência, e o encargo material de terem de suportar um sistema de segurança, fiscalização e punição, desviando recursos daqueles que os geram e certamente melhores aplicações teriam pensado para eles.

Fique claro, defender a liberalização não é defender o consumo, longe disso. Esta é uma confusão que agrada aos que se sentem pouco confortáveis com este debate. Os adolescentes de t-shirts com a folha da cannabis estampada e com "Legalize" por slogan perderiam, certamente, grande parte do entusiasmo no seu consumo assim que deixassem de sentir a adrenalina e o sabor do fruto proibido.

A proibição da droga é um paternalismo hipócrita. É um paternalismo de pai que expulsa o filho homossexual de casa, igual ao que vemos com os toxicodependentes que se acabam aos poucos na rua. É um paternalismo de pai que suspende a mesada do filho enquanto este não cortar o cabelo que entretanto foi deixando crescer, assim como vemos os toxicodependentes, vivendo na penúria e pedinchice a que a sua miséria conduz.

Em suma, é óbvio que o aspecto da redução dos danos provocados pela droga é um argumento forte em favor da liberalização, mas que diabo, antes desse está a liberdade de cada um tratar o seu corpo da forma como bem queira. Mesmo que escolha viver apenas até à derradeira overdose.

Que vida quando não se pode escolher a forma como se vive e, querendo, a forma como se morre?!?!

2 comments:

Unknown said...

compreendo o ponto de vista, mas agr pensa sob ponto d vista economico...

hihihi

olha o sistema nacional de saude!!

ah pois tu es contra o sistema nacional d saude ;P

va... legalze... em tempos idos j fui uma rebelde ;P

lbm said...

Já me acusaram de só pensar por esse ponto de vista, vê lá tu!!!

Mas outros, é?!?!