29 Mar 2008

Ricos Partos

A Srª Ministra da Saúde acha que as mulheres não devem ter o direito de escolher a forma como dão à luz.

O que mais choca é que isto é dito e defendido com o maior dos descaramentos, e de uma forma que até pode parecer que esta gente está mesmo, mesmo a defender os nossos interesses.

Termos agora alguém que nos desonera de ter de escolher o tipo de parto que queremos, alguém sábio e que não tem interesse maior que não seja o nosso próprio interesse, só pode ser considerado positivo.

É claro que esta ideia peregrina tem fundamentos nos esquemas e desvirtuamentos que os benefícios e comparticipações (e são tantos) possibilitaram. Ou seja, mais uma vez, o papel intervencionista do Estado (ao conceder benefícios) é a justificação para mais e mais intervenção. Ora bolas!!!!

E até parece que já estou a ver o próximo passo: uma vez que são dados incentivos à natalidade, ora então, porque não deixar a cargo do Estado decidir quando e quantos filhos temos?!? E mais, se decide como é o parto não parece descabido decidir também como é a concepção!!! De quatro ou à missionário? Se calhar é melhor à missionário, de quatro já estamos todos nós perante estes decisores!!

Daqui a nada estão como no "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley, a colocar gotinhas de álcool nas provetas, tantas mais gotinhas quanto menos inteligente querem que o "rebento" seja, e consequentemente de mais baixa casta!

5 comments:

Tité said...

Uma sociedade inteiramente organizada sob um evoluído sistema científico de castas, onde a liberdade de escolha é quase nula e onde a servidão é aceitável devido a doses regulares de felicidade química? Um mundo onde ortodoxias e ideologias são ministradas em cursos durante o sono e onde não há espaço para dúvidas nem conflitos, já que até os desejos são controlados quimicamente…
Por vezes questiono-me se esta ânsia desenfreada de interferir e condicionar o curso das nossas vidinhas, revelada por estes pretensos super heróis de trazer por casa, intitulados “nossos governantes”, não será apenas uma grande manobra de diversão, enquanto investem realmente em alta tecnologia com vista a criarem o nosso “Soma” nacional! Será o “Admirável Mundo Novo” apenas uma fábula futurista? Bem, talvez possamos, por enquanto, dormir descansados, uma vez que todos os nossos cientistas estão emigrados por esse mundo fora.

Unknown said...

gosto particularmt da descrição da concepção acrescentaria-se ai mais algumas bem interessantes... bastantes mais...

Unknown said...

eh pah, n resisti... desclpa

agr o comentario serio...

nao move-se o dinheiro o mundo e ninguem keria saber s o meu filho nascia de parto normal, cesariana ou a fzer o pino...

enfim...

lbm said...

Tité,

Bolas! Acabaste agora de o ler, ou as Edições Europa América já fizeram o livrinho amarelo sobre o "Admirável Mundo Novo" e afinal o que tu fizeste foi cabular?!?!?! hehe

beijo

Tité said...

Luís,

Eu até podia andar a ler o "Admirável Mundo Novo"... sim, porque a vida de funcionária pública é folgada ao ponto de permitir estes luxos da leitura, mas, como JÁ TE DISSE, fui mesmo investigar porque tinha visto/ouvido algo sobre essa obra aqui por casa. Sim, porque família de funcionária pública também pode ser culta e interessada! :P